Há momentos na vida em que algo inesperado cruza o nosso caminho, uma inquietação, uma pergunta, uma situação que nos tira do conhecido. Assim como Alice, que vê um coelho apressado e decide segui-lo, também somos, vez ou outra, convidadas a descer por uma toca invisível: sair da zona de conforto e nos lançar ao desconhecido.
A queda de Alice não é apenas literal. Ela mergulha num mundo onde as certezas se desfazem, onde as regras não seguem a lógica habitual e onde cada encontro se transforma numa oportunidade de aprendizado. O que à primeira vista parece confuso e desconcertante, na verdade abre espaço para algo novo emergir.
Sair da zona de conforto não é confortável, e nem deveria ser. É um processo que nos obriga a soltar o controle, questionar velhas verdades e lidar com o medo daquilo que não conseguimos nomear. Mas é exatamente nesse espaço de desordem que acessamos partes nossas que estavam adormecidas.
Quantas vezes você já sentiu que algo dentro de si a chamava para um caminho diferente?
Quantas vezes silenciou esse chamado por medo de não saber o que encontraria?
Assim como Alice, não precisamos ter todas as respostas antes de seguir. Precisamos apenas reconhecer o impulso, o chamado e dar o primeiro passo. Porque é no movimento que a clareza surge. É no desconhecido que encontramos espaço para sermos nós mesmas.
Descer pela própria “toca do coelho” é permitir-se reencontrar com a curiosidade, com a coragem e com a essência que talvez tenha sido esquecida nas repetições do dia a dia.
Você está pronta para descobrir quem é além do que é confortável?